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Associada dá dicas de como ter uma alimentação saudável

Ana Lúcia Longhi Peixoto fala sobre como foi o processo de mudança nos hábitos alimentares
6 de agosto de 2020

Você já deve ter ouvido falar da importância de se optar por uma alimentação saudável e dos benefícios que essa escolha traz para sua saúde, para sua vida. Atualmente, diante do cenário mundial que vivemos, da pandemia do novo coronavírus Sars-cov-2, o cuidado com a alimentação ganhou um destaque ainda maior, uma vez que estar com as condições nutricionais em dia, por meio do consumo adequado de alimentos saudáveis e água potável, contribui para o fortalecimento do sistema imunológico e para a manutenção e a recuperação da saúde.

Mas afinal o que é alimentação saudável? Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, a resposta é muito simples: para comer de forma saudável é necessário basear a alimentação em alimentos in natura ou minimamente processados (veja aqui o guia geral e aqui a versão resumida).

A Diretoria de Mulheres entrou em contato com Ana Lúcia Longhi Peixoto, Promotora de Justiça da Comarca de Curitiba, e conversou um pouco sobre os hábitos alimentares da associada. Desde muito pequena, Ana teve contato com uma alimentação relativamente boa, segundo ela, uma vez que seus pais sempre tiveram interesse em assuntos relacionados a uma alimentação mais natural. Comentou que na adolescência, já tinha familiaridade com certas coisas atípicas para a época, como suco de couve ou criação de kefir. Contudo, ressaltou que nessa idade sua única preocupação era em relação à manutenção ou perda de peso e, por algum bom tempo, manteve hábitos alimentares ruins.

Peixoto explicou como foi que despertou seu interesse para a alimentação saudável, há cerca de seis anos: “Em princípio, foi com um propósito meramente estético mesmo. Uma amiga que havia emagrecido muito me falou de um nutricionista chamado Rodolfo Peres, e passei a segui-lo nas redes sociais. Comprei meu primeiro livro a respeito do tema, de sua autoria, chamado “Viva em dieta, viva melhor”, o qual foi um marco para mim. Comecei aos poucos, comendo coisas que hoje sei que estão bem longe de ser saudáveis. Mas fui adquirindo hábitos diferentes e quebrando paradigmas, descobrindo os benefícios que isso trazia para mim (como disposição, concentração, satisfação pessoal com rompimento de crenças limitantes e com minha capacidade de autodisciplina), de modo a mudar completamente meu modo de vida. Nesse meio tempo, li inúmeros livros a respeito, fiz cursos on-line, e entendo melhor do assunto para poder distinguir o que é realmente saudável”.

A associada contou que faz acompanhamento há mais de um ano e meio com uma nutricionista, mas que já passou por diversos profissionais. A atual nutricionista, Simone Camati, cuida do plano alimentar de Ana conforme as necessidades vão mudando. Peixoto exemplificou: “Durante a minha gravidez, ela fez um plano específico para cada trimestre, consideradas as peculiaridades de cada fase”. Acrescentou, “Antes de conhecê-la, eu passei por algumas boas nutricionistas, mas ainda não estava satisfeita. Ela conseguiu fazer com que eu efetivamente coma bem, me satisfaça, tenha um aporte nutricional adequado e consiga manter o peso. O meu plano alimentar não fica restrito a um determinado cardápio, mas sim a determinadas quantidades relativas a grupos alimentares distintos, o que faz com que eu possa variar bastante a comida, sem enjoar – e mesmo sem a necessidade de ficar dependendo do nutricionista”.

Eu gosto de cozinhar, mas apenas pratos simples, nada elaborado”, admitiu a Promotora de Justiça. “O meu interesse pela cozinha surgiu exatamente para que pudesse saber o que estava comendo e me valer de bons ingredientes. Em geral, nunca sabemos como se deu o preparo da nossa comida e o que efetivamente foi nele usado. Quando eu mesma preparo uma refeição, consigo dosar exatamente o que eu preciso e seguir o plano alimentar de forma adequada”, complementou.

Em relação aos cuidados com os alimentos, a associada também relatou os pontos que costuma observar: “Primeiro, sempre dou preferência a alimentos orgânicos, o que considero bastante relevante. Peço pelo menos uma vez por semana não só frutas e verduras, mas também cereais, ovos, carnes, café. Ainda, sempre cuido com o que é necessário para o preparo propriamente dito da comida, como por exemplo, o uso de uma gordura boa (óleo de coco, manteiga clarificada/ghee), sal não refinado, temperos naturais. A forma com que a comida é disponibilizada também influencia bastante na absorção de nutrientes (se crua, cozida, assada, etc). Outra questão que acho que merece destaque é ler rótulos quando se vai ao mercado. Muitas comidas que são vendidas como saudáveis estão cheias de açúcar ou de outros ingredientes ruins (conservantes e afins). Segundo os nutricionistas, quanto menos ingredientes tiver, melhor, e, de preferência, que você consiga identificar o que é cada um deles. Se os nomes forem muito difíceis, muito provavelmente se trata de um ingrediente ruim, lembrando que são colocados em ordem decrescente conforme a quantidade”. Ainda, explicou que para ela, com a pandemia, a escolha dos alimentos ficou mais restrita, sendo mais garantido comprar só alimentos in natura, e que, por esse motivo, a higienização requer cuidado redobrado.

Para quem quer começar a mudar hábitos e inserir uma alimentação mais balanceada e saudável no dia a dia, Ana Lúcia deixou várias dicas: “Acho que, primeiro, saber que a mudança vem aos poucos e que cada escolha é válida. Não há como se romper de um dia para o outro com uma rotina, mas a inclusão de pequenos hábitos é um primeiro passo para uma transformação, até mesmo para que esta possa ser real e duradoura. Mudanças simples como, por exemplo, diminuir a quantidade de açúcar no café ou tirar o refrigerante das refeições, são significativas, embora simples, e podem ser um começo. Cuidar com o que se tem em casa também é importante. Se eu tenho uma despensa cheia de doces, por exemplo, é muito fácil que desconte na comida eventual estresse no trabalho ou com qualquer outra coisa. Outra dica é tentar focar no que é comida de verdade. Como dizem os nutricionistas, “desembalar menos e descascar mais”. Aos poucos, os benefícios surgem e, com eles, um interesse maior por melhorar cada vez mais”.

Por fim, a associada comentou sobre alguns lugares, inclusive com delivery, que indica para a compra de alimentos saudáveis: “Há várias lojas legais em Curitiba, com produtos variados. Para delivery de orgânicos, indico a Sirius Orgânicos, Oh Market, Casa do Verdureiro, Bioé Orgânicos, Organic Box. Para produtos a granel, tem a Pop House. Para variados (kombuchas, geleias, farinhas, proteínas, suplementos), a Bem Integral Consumo Consciente, Mundo Verde, Vercatto, Armazém Fit Store e Vitalize”.

Então, bora manter uma alimentação adequada e saudável?



Recentemente, em julho de 2020, o Ministério da Saúde lançou alguns episódios com dicas para quem quer iniciar uma jornada rumo a uma alimentação saudável. Confira aqui

Com informações: Ministério da Saúde

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